O caso de um cardiologista que foi acusado por cerca de dez adolescentes de as terem molestado sexualmente durante uma consulta de rotina, na última terça-feira, 30 de maio, pode ir parar na mídia estadual e nacional. É o que prometem algumas mães, que ficaram inconformadas com a decisão da Polícia Civil, de liberar o médico e encerrar o caso “por falta de configuração de crime”, segundo informações obtidas pelos sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br.
As adolescentes que estiveram na UBS do centro da cidade para fazer exames cardiológicos de rotina acusaram o médico de apalpa-las de forma inconveniente e de roçar o pênis ereto em suas costas, durante a realização da aferição de pressão arterial, entre outros abusos.
As adolescentes, todas de uma escola local, estavam fazendo exames cardiológicos de rotina para participarem da etapa regional dos Jogos Escolares do Espírito Santo (Jees), que acontecem a partir do dia 6 de maio, em Nova Venécia, na manhã de hoje na UBS do centro.
Após o exame de algumas adolescentes, começaram os rumores entre elas sobre a atitude do médico. Pais e mães foram acionados por elas e procuraram o Conselho Tutelar, onde foi formalizada a denúncia e, logo em seguida, o cardiologista foi conduzido pela Polícia até a 14ª Delegacia Regional, onde esteve detido até por volta de 22h de terça-feira.
De acordo com uma das mães, sua filha e as outras confirmaram o assédio e, por isso, elas decidiram levar a denúncia adiante e estão dispostas a mobilizar a imprensa para o caso.
Hoje pela manhã, a nossa reportagem tentou falar com o médico, na clínica onde ele trabalha, mas fomos informados de que ele só estará no local na semana que vem. Pedimos o contato telefônico dele, mas a recepcionista da clínica disse que não tinha como fornecer. (Weber Andrade)