O alto preço do limão, que está na entressafra, tem provocado cobrança “extra” pelo produto em alguns bares da cidade. É o caso de um bar na Vila Landinha que está acrescentado R$ 0,50 para servir meio limão em uma coca-cola. De acordo com o proprietário, com o preço do quilo chegando perto de R$ 10,00, não é possível servir limão sem cobrar a mais pela fruta.
Em um restaurante do centro, o proprietário disse que também está acrescentando uma “taxa” nas bebidas quando o cliente exige o acompanhamento do limão. A fruta, que está presente em quase todas as casas brasileiras e é usada no dia a dia para temperar saladas e carnes, fazer suco e até caipirinha, está custando, no mínimo, R$ 7 o quilo.
Em um supermercado do centro o quilo de limão já atingiu R$ 9,99 e, nos outros pesquisados pela nossa reportagem o preço mínimo é de R$ 6,99, mas como os caixas nunca retornam troco de menos de R$ 0,05, o valor passa a ser de R$ 7. Em alguns supermercados e mercadinhos a fruta nem sequer está sendo vendida. “Não vale a pena colocar para venda. Com o preço alto os clientes não compram e a mercadoria acaba estragando provocando prejuízos”, disse um dono de um quilão na Vila Landinha.
Na feira, quase não havia limão no último sábado e, o pouco que tinha, era vendido de R$ 4 a R$ 6 a dúzia.
No Ceasa de Colatina, a cotação da fruta na última sexta-feira era de R$ 5,00 o quilo, enquanto no Ceasa da Grande Vitória, variava entre R$ 5,00 e R$ 6,00.
Em Minas, o Ceasa de Governador Valadares não tinha o produto para comercialização na última sexta-feira, 8, e em Belo Horizonte, o quilo no Ceasaminas estava em R$ 6.
CRAVO – O limão Taiti é praticamente o único limão “comercial” vendido em Barra de São Francisco e em todo o país. Mas, a região possui outro tipo de limão que custa bem mais barato e tem muito mais caldo. Trata-se do limão cravo, que é originário da Índia, mas adaptou-se muito bem ao Brasil.
No entanto, pelo sabor mais marcante, fruta cheia de sementes e cor alaranjada, a variedade não agrada à maioria dos consumidores. O produto também chegou ao fim de safra e já não é encontrado na feira livre.
De acordo com o site Boa Forma, o limão Taiti é o mais fácil de ser encontrado de norte a sul do Brasil, mas todos os tipos de limão (são mais de 70) têm as mesmas propriedades nutricionais e terapêuticas, o que varia é o sabor, o cheiro e a cor. “Portanto, prefira aquele que estiver em maior abundância, mais bonito e barato no momento. E, claro, consuma-o ainda fresco, muito bem lavado e todos os dias”, recomenda o site. (Weber Andrade)