Produção de vídeos contendo levantamento estatístico da produção, técnica de cultivo, abordagens sobre o controle biológico e químico da pimenta-do-reino foi uma atividades desenvolvidas pelos estudantes da EEEFM Nestor Gomes, distrito de São Mateus, sob o comando do professor de Biologia Douglas Vicente do Carmo Lima, que já trabalhou na EEEFM Aladim Silvestre de Almeida, no distrito de Monte Sinai (Vermelha), em Barra de São Francisco.
Para que o objetivo fosse atingido foi criado um grupo de alinhamento via WhatsApp, com um cronograma de atividades, encontros via Zoom, e apresentação de plataformas para subsidiar a pesquisa bibliográfica. O grupo do projeto foi coordenado pelos estudantes pilotos, Gabriely Pereira, Jhully Portilho, Lara Carolline, Lívia Barbasa e Júlia Gomes que desemprenharam um excelente trabalho junto com seus colegas de turma, tudo pela internet.
O projeto de pesquisa remoto, segundo Douglas, deixou os estudantes muito empolgados e alguns deles reuniram com os pais que são produtores e puderam repassar conhecimento para o grupo através dos vídeos.
De acordo com Douglas, o projeto surgiu com o objetivo de estimular as habilidades e competências da 1ª série do ensino médio. “Propusemos aos estudantes a elaboração e execução de um projeto de pesquisa, modelo remoto, baseado na agricultura local. O objetivo da pesquisa foi maximizar a oferta de conhecimento cultural, tecnológico e científico. Outro ponto a ser destacado é a sensação de pertencimento do estudante frente a uma realidade vivenciada ou assistida por eles. O município de São Mateus, especialmente o distrito de Nestor Gomes é um forte exportador de pimenta-do-reino (Piper nigrum) e vimos aí uma grande necessidade de trabalhar com os estudantes essa temática, visto que obedece aos parâmetros curriculares da série”, explica Douglas.
O professor Douglas agradeceu e parabenizou os estudantes pelo empenho e dedicação e também à professora de Língua Portuguesa, Herineide, que de forma remota atuou na orientação e correção de ortografias do material dos estudantes, além da diretora Eliene e equipe pedagógica pelo incentivo.
Enquanto professor penso que uma escola, têm por primícia incentivar cada vez mais o desenvolvimento de aulas, projetos, práticas que desperte ainda mais o senso crítico e as habilidades. Os estudantes sabem confeccionar muitas coisas de qualidade, basta nós professores e equipe incentivarmos e subsidiarmos essa proposta, sem o “achismo” de que não tem estrutura laboratorial. O laboratório somos nós, que fazemos, adaptando e remodelado as estratégias. Segundo Delizoicov e Angotti (1994, p.22) as experiências despertam em geral um grande interesse nos alunos, além de propiciar uma situação de investigação. Quando planejadas, elas constituem momentos particularmente ricos no processo de ensino-aprendizagem”, finalizou. (Weber Andrade com SRE Mateus e EEEFM Nestor Gomes)