Pelo menos nove mortos e até 300 desaparecidos. Nove pessoas resgatadas com vida da lama e mais de 100 que estavam ilhadas também. Este é balanço da manhã deste sábado, de mais uma tragédia ambiental provocada pela Companhia Vale do Rio Doce, ou simplesmente Vale, em Minas Gerais, desta vez, o rompimento da barragem de rejeitos de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. (veja mapa no final da matéria).
No dia 5 de novembro de 2015, a cidade histórica de Mariana, que fez parte da Estrada Real criada ainda no século XVII, foi o cenário principal do maior desastre ambiental da História do Brasil, de acordo com o Ibama. Por volta das 16h, a barragem de Fundão, da mineradora Samarco (subsidiária da Vale), se rompeu, provocando o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério e matando 19 pessoas (entre moradores e funcionários da empresa), destruindo centenas de imóveis e deixando milhares de pessoas desabrigadas.
A Vale informou que o rompimento ocorreu no início da tarde de sexta-feira, 25, na Mina Córrego do Feijão; uma barragem rompeu e fez outra transbordar. Um mar de lama destruiu casas da região. Rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) suspendeu, nesta sexta-feira, 25, todas as atividades da mineradora Vale em Brumadinho. A Semad ainda determinou a abertura de um canal para escoar o acúmulo de sedimentos que possam interromper o fluxo natural do curso d’água. Também foi determinado o rebaixamento do nível do reservatório da barragem e o monitoramento da qualidade da água no rio Paraopeba.
O Corpo de Bombeiros informa que o acesso a Brumadinho pela rodovia BR-040 está bloqueado. Como por Casa Branca o percurso é muito longo e está com problemas, o melhor acesso é passar por Barreiro, Ibirité e Mário Campo, até chegar em Brumadinho. (Weber Andrade com G1 Minas Gerais)