Em cinco etapas, quatro finais. E o segundo título da temporada do Circuito Mundial de Surfe foi conquistado com louvor nesta segunda-feira, 24. Após dois dias de paralisação e com um mar difícil, Gabriel Medina eliminou o compatriota Ítalo Ferreira e superou o australiano Morgan Cibilic na final para ser campeão da etapa de Rottnest Search. Um troféu que o deixa isolado na liderança do ranking mundial masculino da WSL.
“Estou tão feliz. Me diverti muito neste evento. É meu melhor ano até o momento. É bom poder surfar como eu gosto e me sinto confortável. Estou aproveitando o momento. Sou abençoado de poder surfar boas ondas, poder viajar no tour com minha esposa, ter boas pessoas ao meu redor. Estou grato e quero aproveitar este momento”, disse Medina, em entrevista à WSL.
A primeira semifinal do masculino foi arrastada. Os atletas tiveram ainda mais dificuldade do que as mulheres para encarar as ondas. Com uma frequência muito baixa, Morgan Cibilic foi quem conseguiu explorar melhor a situação e levou a vaga na decisão por 10.67 (6.17 + 4.50) contra 8.33 (4.60 + 3.73) de Liam O’Brian.
A segunda semifinal, com duelo de brasileiros, líder e vice-líder do ranking, começou empolgante. Medina largou com uma onda nota 8.50, com três batidas no lip. Ítalo ensaiou uma resposta na sequência e levou 6.17 por uma sequência com boa rasgada.
Depois de um grande marasmo, a 14 minutos do fim da bateria Medina pegou uma onda de backside e encaixou um aéreo com rotação e três batidas pequenas. O bicampeão mundial, mesmo sem a prioridade, ainda aumentaria a soma mais uma vez até 13.70 (8.50 + 5.20) contra 7.17 (6.17 + 1.00) de Ítalo.
Na decisão, Medina mais uma vez saiu na liderança, desta vez com uma nota 7.00 como principal do somatório. Cibilic não deixou barato e, apesar de um desequilíbrio na saída, recebeu 7.27 por uma onda com duas excelentes rasgadas e encostou no brasileiro com quase meia hora de bateria pela frente.
Medina, no entanto, voltou a construir vantagem. A cerca de 19 minutos do fim encaixou o que seria a melhor nota da bateria, um 8.50, elevando o somatório para 15.50 e pondo pressão sobre Cibilic. O calouro não conseguiu reagir, e o brasileiro consolidou o grande início de temporada: em cinco etapas, quatro finais e dois títulos.
Feminino tem quinta campeã em cinco etapas
A disputa do feminino também começou com uma semifinal 100% australiana. Melhor para Sally Fitzgibbons, que logo no início da bateria colocou a compatriota Tyler Wright em combinação. Ela levaria a melhor por 15.43 (6.33 + 9.10) a 7.64 (4.87 + 2.77). Carissa Moore, líder do ranking mundial, parou nas semifinais. Ela somou 12.83 (7.50 + 5.33) contra 13.50 (8.83 + 4.67) da francesa Johanne Defay
Na decisão entre Fitzgibbons e Defay, a australiana esteve sempre à frente no placar. Largou com uma onda nota 6.67. Enquanto a francesa acumulou manobras incompletas, a Fitzgibbons chegou a uma condição bastante confortável ao receber notas 6.93 e 8.17 na quarta e na quinta ondas, colocando a adversária em combinação.
A cerca de 10 minutos do fim da bateria, Defay encaixou uma onda nota 7.23 e saiu da combinação, mas ainda precisando de um 7.88 para virar. O tempo não foi suficiente para mudar o panorama, e Fitzgibbons deixou a água em êxtase comemorando o título. (Da Redação com ge)