A Toyota apresentou nesta terça-feira, 3, a nova geração do Corolla no Brasil. Como principais novidades, o sedã estreia a inédita configuração híbrida flex e sistemas de segurança ativa, também pela primeira vez no segmento. Nessa configuração, o carro funciona com gasolina ou etanol, junto a dois motores elétricos.
O modelo híbrido flex vem na versão topo de linha, Altis, e preço inicial é de R$ 124.990, mesmo valor do modelo com motor a combustão 2.0.
Até então, os híbridos à venda no Brasil usavam somente gasolina, caso do Prius, que também é da montadora japonesa.
Além disso, seguindo os passos dele e do RAV4, o Corolla adota a arquitetura TNGA da marca, que promete veículos mais seguros e agradáveis, com cinco pilares: conforto ao dirigir, habitabilidade, praticidade de uso, compromisso com o meio ambiente e segurança.
A motorização híbrida só está disponível na configuração Altis, a topo de linha. São dois motores elétricos de 72 cavalos de potência e 16,6 kgfm de torque totais e um a combustão, 1.8 flex de ciclo Atkinson com 101 cavalos com etanol e 98 cavalos com gasolina, e 14,5 kgfm de torque independentemente do combustível utilizado. A garantia do conjunto híbrido é de 8 anos, embora a do carro seja de 5 anos. A potência combinada é de 123 cavalos com etanol ou gasolina.
Os motores elétricos são recarregados pelo motor a combustão e pela recuperação de energia, que transforma a energia cinética gerada pelas desacelerações e pelos freios regenerativos em elétrica. Não há a possibilidade de recarga em tomadas.
De acordo com a Toyota, com gasolina, o Corolla híbrido roda 14,5 km/l na estrada e 16,3 km/l na cidade. Com etanol, os números caem para 9,9 km/l na estrada e 10,9 km/l na cidade.
Vale lembrar que, no caso dos híbridos, o consumo urbano é sempre o melhor pelo uso mais frequente do motor elétrico. Em estradas o motor a combustão é mais exigido.
101 + 72 = 123. Conta errada?
Não estranhe potências e torques combinados dos motores elétricos e a combustão não sejam contas matematicamente corretas. Porém, ao mesmo tempo, a conta não está errada.
Isso acontece porque os motores são acionados em momentos diferentes. Com isso, o pico de potência de cada um deles não ocorre ao mesmo tempo.
Para calcular a potência máxima de um modelo híbrido, as fabricantes registram o pico máximo de ambos no limite de giro.
Fabricação
O Corolla é produzido em Indaiatuba (SP). A unidade teve um investimento de R$ 1 bilhão para ser modernizada e receber a nova geração do modelo. A Toyota prevê produção mensal de 3,5 mil carros com motor 2.0 e de mil híbridos.
A fábrica de motores de Porto Feliz (SP) teve investimento de R$ 600 mil e também vai produzir o motor híbrido, mas com a maior parte dos componentes vinda do exterior, já que os fornecedores locais ainda não dispõem dessa tecnologia. (G1 e Auto Esporte)