A Barragem Everaldo Bianquini, cuja inauguração estava prevista para novembro do ano passado, continua com a data de inauguração indefinida está “saindo água pelo ladrão”, como se dizia antigamente das barragens quando estavam muito cheias.
Mas, de acordo com o secretário municipal de Defesa Social, Renato Pinto Rosa, e o coordenador da Defesa Civil, Arimateia Oliveira, o Albuíno, a barragem precisará passar por uma “manutenção”, após o período chuvoso, mas a mesma não oferece risco de rompimento.
Com as chuvas dos últimos dias, que têm caído com mais constância na região de Cachoeirinha do Itaúnas, a barragem atingiu seu nível máximo, acumulando cerca de 150 milhões de litros de água.
Iniciada em dezembro de 2018, a obra foi concluída em outubro do ano passado, mas não passou pelo teste de “enchimento” e a fiscalização da Prefeitura detectou um vazamento logo abaixo do vertedouro.
O vazamento não oferece risco de rompimento da barragem, mas terá que ser corrigido pela empreiteira, a Monte Azul Construtora e Terraplanagem, antes de ser inaugurada e entregue ao município, que será responsável pela manutenção da mesma.
Em novembro do ano passado entrevistamos o subsecretário de Infraestrutura Rural da Seag, Rodrigo Vaccari, que fez questão de tranquilizar a população sobre a segurança da obra. “Conversamos com o engenheiro e uma equipe de técnicos está em Barra de São Francisco analisando a obra. Ele assegurou que não há risco de danos à barragem. Há, na verdade, uma pequena infiltração perto do vertedouro. A empreiteira terá que fazer a correção. Mas, com certeza, não é nada de grave. No mais, a barragem tem garantia de três anos, no mínimo, e está sendo monitorada pelo Governo, assim como todas as barragens do Estado. Se houver algum problema, a empreiteira irá que corrigir”, informa.
Depois da visita dos técnicos da Seag e da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), ficou determinado o esvaziamento parcial da barragem até que o problema seja corrigido. A inauguração só acontecerá após as correções e novo teste de enchimento. Como estamos no período chuvoso, é provável que as obras de correção demorem para acontecer. (Weber Andrade)