O Espírito Santo tem 1.151 pessoas na fila, aguardando por um transplante de órgãos. A imensa maioria é de pessoas que necessitam de um rim (941). Outras 174 esperam por um transplante de córnea, 35, necessitam de um fígado e três pessoas querem outro coração. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 21, pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa)
De janeiro a abril deste ano, a CET realizou 117 transplantes no Espírito Santo. No mesmo período em 2018 foram 123 procedimentos realizados.
Na tarde desta terça-feira, 21, a CET recebeu a doação de dois rins e um fígado. O doador, de 39 anos, teve morte encefálica confirmada na segunda, 20, no Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), em São Mateus.
Os órgãos foram transportados pelo helicóptero do Núcleo de Operações e Transportes Aéreo (Notaer), da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), junto à equipe de captação. Os transplantes aconteceram no final deste dia. Os órgãos foram encaminhados para a realização de transplante em dois hospitais da Grande Vitória.
“Três pessoas serão beneficiadas com a solidariedade de uma família doadora, da região norte. A Central agradece a equipe do Hospital Roberto Silvares pelo compromisso, e ao Notaer, que nos auxiliou no translado dos órgãos”, agradeceu a coordenadora da Central Estadual de Transplante, Maria Machado.
O processo de doação – A captação dos órgãos acontece somente após constatação de morte encefálica, ou seja, quando há completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.
Esse diagnóstico é realizado por uma equipe profissional por meio de exames de imagem, exames clínicos e exames laboratoriais. Após a confirmação da morte encefálica, a família é comunicada sobre a situação irreversível e decide sobre a doação dos órgãos de seu ente.
Esse momento de abordagem, segundo Maria Machado, é muito delicado devido ao sofrimento dos familiares no momento da perda. Ela destacou que quando a pessoa informa a família sobre o desejo de doar seus órgãos, a decisão é menos dolorida para os familiares.
“Por isso é importante que as pessoas conversem em casa sobre seu desejo e, mesmo em um momento de dor, a família opta pela doação. Uma vida pode salvar até sete outras vidas”, destacou.
Todas as pessoas podem ser doadoras de órgãos. Para isso, basta ter condições adequadas de saúde. (Weber Andrade com Secom/ES)