O desempenho negativo dos principais setores da economia em Barra de São Francisco fez com que o número de empregos formais caísse 0,51% no mês de setembro, com redução de 31 vagas, segundo os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Em todo o Espírito Santo, o aumento foi de 6.089 empregos (0,78%) e no Brasil 313.902 postos de trabalho no mês passado (Veja mais detalhes no final da matéria).
Dos cinco setores pesquisados, apenas um – agropecuária – teve mais contratações do que demissões e os demais tiveram saldo negativo.
A indústria, com 62 contratações e 81 demissões gerou 19 empregos a menos do que no mês de agosto, uma queda de -0,76%.
Em seguida o comércio demitiu 7 pessoas a mais do que contratou em setembro, o setor de Serviços teve saldo negativo de 5 empregos e construção teve uma demissão e zero contratações.
Em agosto, o setor de Serviços gerou o maior saldo de empregos formais. Foram 52 contratações e 34 demissões, saldo positivo de 25 vagas (+1,9%). Em seguida veio o Comércio, com 92 contratações e 70 demissões, restando um saldo positivo de 22 empregos (+1,07%).
No ano – Desde o início do ano até o final de setembro, o município gerou 294 vagas novas, um saldo positivo de 5,11%. Foram 1.928 contratações e 1.634 desligamentos. Em agosto foram 316 admissões a mais do que demissões.
Nesse período, apenas o setor de Construção Civil aponta retração no número de vagas. Foram 34 admissões e 67 desligamentos, com saldo negativo de 33 empregos (-34,38%).
No Estado – Em todo o Espírito Santo foram gerados 6.089 novos empregos formais em setembro. Os setores Serviços (2.382 novas vagas) e Indústria (1.636 empregos novos) foram os principais responsáveis pelo desempenho positivo da geração de empregos formais no Estado.
De janeiro até setembro foram gerados 45.541 novos empregos no Estado, com destaque para o setor de Serviços, que gerou 19.692 empregos novos.
A Indústria vem em seguida, com 10.357 novos contratados e o Comércio teve saldo de 9.389 vagas.
Brasil – O Brasil gerou 313.902 postos de trabalho em setembro deste ano, resultado de 1.780.161 admissões e de 1.466.259 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 2.512.937 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência, que divulgou hoje (29) as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 41.875.905, em setembro, o que representa uma variação de 0,76% em relação ao mês anterior.
De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o país está mantendo a tendência dos últimos três meses de mais de 300 mil empregos novos por mês, o que é uma “demonstração clara da recuperação formal da economia”. Para ele, a campanha de vacinação contra covid-19 tem sido fundamental nessa retomada das atividades econômicas, mas ainda é preciso avançar em programas de qualificação e recolocação profissional.
“O governo vibra muito com esse número, mas não esquece de olhar para aqueles que estão hoje na informalidade, quer por falta de oportunidade, quer por falta de qualificação. E nós precisamos ter esse olhar duplo, de um lado aquele que tem hoje o seu emprego formal mantido, garantido e ampliado no Brasil e por outro lado aquela parcela de quase 40 milhões de brasileiros e brasileiras que precisa que o Estado olhe para eles e crie uma rampa de ascensão para a formalização”, disse, durante coletiva virtual.
Em setembro, o Senado rejeitou o texto da Medida Provisória (MP) 1.045/2021, que flexibilizava as regras trabalhistas para jovens. Incrementado pela Câmara e apelidado de minirreforma trabalhista, o projeto inicialmente restituía o programa de redução de jornada e salários para a manutenção de empregos durante a pandemia, mas foi expandido para incluir programas de incentivo ao emprego e à contratação de jovens.
Dados do mês
No mês passado, o saldo de empregos foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 143.418 postos, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; indústria geral, que criou 76.169 novos empregos, concentrados na indústria da transformação; comércio, saldo positivo de 60.809 postos; construção, mais 24.513 postos de trabalho gerados; e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura construção, que registrou 9.084 novos trabalhadores.
Dentro do setor de serviços, o ministro Onyx destacou a criação de vagas no grupo alojamento e alimentação, com 31.763 novos postos, o que mostra, segundo ele, a ampliação do turismo interno brasileiro. “Várias áreas turísticas estão com reservas esgotadas e é importante destacar porque essa é uma área da atividade formal que tem que ser olhada com atenção, porque tem potencial de crescimento enorme no nosso país”, disse.
Saldo positivo
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da federação. Em termos relativos, dos Estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior, os destaques são para Alagoas, com a abertura de 16.885 postos, aumento de 4,73%; Sergipe que criou 6.097 novas vagas (2,2%); e Pernambuco, com saldo positivo de 25.732 postos (2,01%).
Os Estados com menor variação relativa de empregos em setembro, em relação a agosto, são Rondônia, que teve criação de 388 postos, aumento de 0,15%; Amapá, com saldo positivo de 281, alta de 0,4%; e Mato Grosso do Sul, que encerrou o mês passado com mais 2.776 postos de trabalho formal, crescimento de apenas 0,49%.
Em todo o país, o salário médio de admissão em setembro de 2021 foi de R$ 1.795,46. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 18,11 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 1%. (Da Redação com Agência Brasil)