Todo ano é a mesma coisa e não muda: As motocicletas são as protagonistas de mais de 70% – este ano já chegou a 79% – das indenizações pagas pelo seguro Dpvat. Em Barra de São Francisco, as duas mortes por acidente de trânsito em 2020 foram justamente provocadas por motocicletas. E, por incrível que pareça, os dois acidentes aconteceram em dois dias seguidos. Em um deles, um jovem de 34 anos perdeu o controle da moto e a vida, numa ultrapassagem proibida. No outro, um servidor da prefeitura morreu quando vinha para o trabalho. Em ambos a imprudência dos condutores – no caso do servidor, ele teria sido vítima da irresponsabilidade de outro motociclista, que teria provocado a colisão – foi responsável pelo infortúnio.
A Seguradora Líder publicou esta semana, um balanço das indenizações pagas durante o primeiro trimestre deste ano – janeiro a março – em todo o país. No Espírito Santo, o número de mortes caiu 15,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 188 mortes este ano contra 223 em 2019. Mas o número de indenizações por invalidez permanente aumentou 26,31%. Foram 957 indenizações de janeiro a março de 2019 e 1.203 no mesmo período deste ano. (Veja mais abaixo gráficos explicativos)
Também cresceu 23,64% o número de indenizações de despesas médicas. No primeiro trimestre do ano passado foram 322 reembolsos, contra 398 este ano.
Apesar de representar apenas 32,2% da frota de veículos do Estado, com 552.865 veículos, as motocicletas concentraram 79% das indenizações. Das indenizações pagas no período para acidentes com motocicletas, 71% foram por invalidez permanente e 7% por morte.
Das indenizações por morte em acidentes com motocicletas, 87% foram para vítimas do sexo masculino. Para os casos de vítimas com sequelas permanentes, 79% também foram para vítimas do sexo masculino, enquanto as indenizações por acidentes com os demais tipo de veículos, pagas também para os homens, representaram 64%.
Os números demostram que a concentração de vítimas do sexo masculino é maior nos acidentes com motocicletas do que com os demais veículos. As vítimas de acidentes com motocicletas são, em sua maioria, pessoas em idade economicamente ativa.
No período citado, as vítimas entre 25 e 44 anos concentraram 50% dos acidentes fatais e 51% dos acidentes com sequelas permanentes. No período analisado, foram pagas aproximadamente 25 mil indenizações por invalidez permanente às vítimas nesta faixa etária, envolvendo o uso de motocicletas.
De janeiro a março de 2020, antes das medidas de isolamento serem implementadas no país, o Brasil registrou 89.028 acidentes de trânsito; 9.298 eventos com morte, 59.726 com invalidez permanente, e 20.004 que resultaram em despesas médicas, segundo dados do Relatório Estatístico da Seguradora Líder-Dpvat. Foram 14,3 mil registros a mais que no mesmo período de 2019 (74.699).
As vítimas de acidentes com motocicletas são, em sua maioria, pessoas em idade economicamente ativa. No trimestre citado, as vítimas entre 25 e 44 anos concentraram 50% dos acidentes fatais e 51% dos acidentes com sequelas permanentes.
Homens lideram o ranking com mudanças na faixa etária
Os homens continuam liderando o ranking das vítimas de trânsito, com a faixa etária de 25 a 44 anos representando 48% do total das indenizações pagas, demonstrando uma mudança significativa do perfil etário dos últimos três anos, em que a faixa de idade mais atingida era de 18 a 34 anos.
Pedestres na segunda posição entre os mais impactados
Os pedestres seguem sendo muito impactados nos acidentes de trânsito. No primeiro trimestre ficaram em 2º lugar nas indenizações fatais (29%) e também com invalidez permanente (33%), totalizando 25.364 indenizações pagas.
(Weber Andrade com Lide Multimídia)