O site G1 informou agora há pouco que o Conselho Estadual de Correição do Poder Executivo decidiu pela expulsão da Polícia Militar do tenente-coronel Carlos Alberto Foresti e do capitão Evandro Guimarães. Foresti atuou por algum tempo em Barra de São Francisco, na década de 90, como comandante da PM local. A informação foi publicada com exclusividade, nesta quinta-feira, 25, pelo colunista Leonel Ximenes, no jornal A Gazeta. A decisão agora vai ser analisada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).
O tenente-coronel Carlos Alberto Foresti era chefe do Centro de Operações da Polícia Militar. Foresti chegou a ser preso durante a greve, acusado de incitar a desobediência, a indisciplina e a prática de crime militar, além de criticar os superiores, crimes previstos no Código Penal Militar.
Este ano ele concorreu ao cargo de deputado federal e obteve 17.741 votos, mas não se elegeu.
Foresti chegou a lançar-se candidato ao governo do Estado pelo partido do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), mas foi desautorizado pela legenda. Depois disse que seria candidato a deputado estadual e acabou saindo para federal pelo PHS.
O capitão Evandro Guimarães é acusado de estimular o movimento grevista. Ele chegou a ficar preso no 2° Batalhão, em Nova Venécia.
Foram 21 dias de greve em 2017. O Estado viveu a maior crise de segurança pública da história. Foi uma onda de violência. Sem policiamento, a população se trancou em casa. Foram muitos roubos, lojas saqueadas e 219 assassinatos. Homens do exército e da força nacional reforçaram a segurança nas ruas.
Na época, o Ministério Público do Estado denunciou 24 pessoas. A corregedoria também abriu investigação. São 106 inquéritos e, até agora, 12 policiais expulsos. Em maio de 2018, a Justiça começou a julgar os envolvidos.
O G1 disse ter procurado a Secretaria de Estado da Segurança Pública, o TJ-ES, e os dois militares mas ainda não teve retorno. (Weber Andrade com site G1)