O Athletico (PR) talvez tenha sido a “zebra” dos jogos de ontem, 17, pelas semifinais da Copa do Brasi 2019. O time paranaense tinha dado trabalho em casa, no jogo de ida, ao empatar por 1 X 1, mas os quase 70 mil torcedores que lotaram o Maracanã ontem, a grande maioria flamenguistas, não contavam nem mesmo com um empate, depois do jogo excepcional contra o Goiás, no domingo passado, quando o time marcou a maior goleada do Brasileirão: 6 X 1. Porém, nesta quarta-feira, deu ruim. Depois de outro empate por 1 X 1 no tempo normal, três batedores de pênaltis “tremeram” diante da torcida e desperdiçaram suas chances. Resultado 3 X 1 nos pênaltis para o Athletico (PR).
Por outro lado, o Internacional aproveitou bem o mando de campo e o apoio da torcida. Devolveu a derrota por 1 X 0 sofrida na Arena Palmeiras, com a ajuda providencial do VAR e, ao contrário dos jogadores do Flamengo, os atletas colorados não desperdiçaram a oportunidade e venceram por 5 X 4, embora tenha havido uma defesa de cada lado. O meia Moisés, do Palmeiras, selou a derrota do Porco.
O Grêmio…Bem, o Grêmio poderia até ser considerado “zebra” na disputa contra o Bahia, em plena Fonte Nova, por uma vaga na semifinal da Copa do Brasil. Afinal, o time gaúcho vinha capengando no Brasileirão, até vencer o Vasco, de virada (2 X 1) no último domingo e subir para a 10ª posição.
No jogo de ida das quartas da Copa do Brasil, cedeu o empate ao Bahia, dentro de casa: 1 X 1. Mas na noite de ontem, venceu o time baiano por 1 X 0, com um belo gol de Alysson e com a ajuda do VAR.
Por fim, no clássico mineiro, o Cruzeiro soube segurar a grande vantagem construída no jogo de ida (3 X 0) contra o arquirrival Atlético (MG). O clássico do Horto foi marcado por belos gols, expulsões de lado a lado e um tento cruzeirense anulado com auxílio da arbitragem de vídeo.
Semifinais – As semifinais acontecem nos dias 7 e 14 de agosto. O Cruzeiro pega o Internacional e o Athletico (PR) enfrenta o Grêmio. O mando de campo no jogo de ida ainda será sorteado pela CBF. (Weber Andrade)
Torcida não perdoa e vaia Jorge
Jesus e todo o elenco rubro-negro
Estava tudo armado para mais uma festa do Flamengo no Maracanã lotado. Mas os 69.980 torcedores que foram ao estádio e iniciaram a noite festejando o técnico Jorge Jesus com os gritos de “Olê, olê, olê, olê, mister, mister” e fumaça vermelha e preta, se despediram da Copa do Brasil com vaias para o técnico e o elenco. No antigo recorde de público deste ano, contra o Peñarol (66.716 presentes), os rubro-negros também se frustraram com um resultado negativo.
Durante toda a partida, os torcedores demonstraram apoio. A parte da hostilidade ficava reservada apenas para o árbitro Hilton Pereira Sampaio, que revoltou tanto os jogadores quanto a torcida. Na disputa de pênaltis, a defesa de Diego Alves em uma das cobranças deu uma ponta de esperança, mas o aproveitamento ruim dos batedores prevaleceu.
Diego, Vitinho e Everton Ribeiro erraram as cobranças. Cuéllar foi o único a acertar. O peso maior caiu em cima do camisa 10, que fez a primeira cobrança e desperdiçou com um chute fraco no meio do gol, defendido com facilidade pelo goleiro Santos. O capitão foi hostilizado por parte da torcida.
“A dor aqui no peito tá muito grande. Mas tenho que seguir em frente. De repente as coisas não acontecem como gostaríamos, é difícil. Temos que viver, assimilar”, disse Diego.
Apesar das feridas expostas, não há tempo para muitas lamentações. No domingo, o time já tem compromisso em São Paulo contra o Corinthians pelo Brasileirão e, na próxima quarta-feira, 24, o Flamengo viaja até o Equador para começar a decidir com o Emelec uma vaga nas quartas de final da Libertadores. O desejo é de que a cota de frustrações tenha acabado. (Globo Esporte)